O projeto coletivos educadores para territórios sustentáveis teve seu convênio firmado com o FNMA dia 30 de dezembro de 2005, saindo no diário oficial do dia 05 de janeiro de 2006. A primeira parcela do recurso foi repassada em fevereiro de 2006 quando começamos as atividades do projeto.
Atualmente estamos na fase de construção do cardápio de aprendizagens e da construção do projeto político pedagógico nos dois núcleos de coletivos que estão sendo formados: Camaçari e Complexo Cajazeiras.
Vale aqui esclarecer e contextualizar nosso processo de construção do coletivo:
Quando o projeto foi concebido e para ser atendida as exigências do edital de no mínimo 600 mil habitantes ou 8 municípios, optamos por trabalhar com as duas bacias hidrográficas: Bacia do rio Jaguaribe (com 8 bairros) e a Bacia do Rio Joanes –Ipitanga (APA Joanes – Ipitanga recorte Camaçari). Isso porque na pesquisa junto aos parceiros e fontes IBGE sobre os dados populacionais dessa região os 8 bairros da bacia do rio Jaguaribe totalizavam 400 mil habitantes que estava abaixo do número mínimo pedido no edital. Por isso, Camaçari foi incluído já que existe um histórico de parceria e trabalhos desenvolvidos na área pelos parceiros do projeto.
Nas reuniões realizadas com os parceiros do projeto sobre o Coletivo Educador, conversamos sobre como estaríamos firmando nossa parceria e também nossa estratégia de ação. Posterior a essa reunião os parceiros convidaram outras instituições das áreas de atuação do projeto para apresentarmos a proposta do coletivo e já marcarmos as idas aos micro-territórios.
Nesse processo de reconhecimento dos territórios, tivemos uma surpresa com relação aos dados populacionais. Um dos bairros da Bacia do Rio Jaguaribe - Cajazeiras é considerado o maior conjunto habitacional da América Latina, com 600 mil habitantes. Diante disso, fizemos uma reflexão sobre nossa estratégia, porque na elaboração do projeto houve um sub-
dimensionamento da área de abrangência. Teríamos que fazer um recorte nessa área.
Decidimos então continuar nossa articulação com a APA Joanes-Ipitanga, inclusive, nesse processo, já formalizamos mais uma parceria com a SEMARH – Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia, na gerência da APA, que está sendo importante na articulação nesse núcleo do coletivo. Outras parcerias com as ONGs que participaram das reuniões também já estão sendo encaminhadas, ampliando nosso processo de parceria e fortalecendo o Coletivo e seus núcleos.
Na Bacia do rio Jaguaribe fizemos um recorte dos 8 bairros, priorizando nesse primeiro momento o bairro Cajazeiras e após esse núcleo formado caminhar para a ampliação e inclusão dos outros 7 bairros.
Outro ponto que é fundamental ressaltar é que estamos no processo também de fomentar o amadurecimento das parcerias. Temos o entendimento que a instituição proponente é facilitadora do processo e que cada parceiro é co-autor também do projeto. O amadurecimento do papel de cada um nesse processo é fundamental e se dá ao longo do desenvolvimento do projeto.
O despertar do sentimento coletivo e de como trabalhar no coletivo, em prol de um bem comum, superando as dificuldades das relações também é outro ponto que estamos buscando trazer para os dois núcleos do coletivo.
A Educomunicação está sendo pensada como um processo intrínseco à formação dos próprios coletivos, sendo que as suas estratégias caminham afinadas com o desenvolvimento do grupo. As instituições, as ações e os atores da educomunicação estão sendo identificados e mapeados pelo grupo na perspectiva de comporem também o cardápio de ofertas e demandas.
A Equipe do Projeto Coletivos Educadores vem participando de vários espaços de articulação nas questões relativas a cultura, meio ambiente, políticas públicas em Salvador e Camaçari, como reuniões do Conselho Gestor da APA Joanes-Ipitanga, da CIEA-BA, da REABA, das Agendas 21 de Salvador, do Comitê da Reserva da Biosfera além de palestras e conferências, seminários com temas afins e articulação com os projetos sociambientais das ONGs parceiras.
Vale ressaltar o apoio que este coletivo vem dando no fomento da formação de novos coletivos educadores no estado.
Além da questão da dimensão de nossa atuação, fazendo os recortes estratégicos para nossa melhor atuação, uma das dificuldades que estamos enfrentando são os recursos financeiros. Estamos com dois núcleos sendo formados e com pouco recurso por conta da restrição da instituição proponente de já ter outros projetos com o FNMA e existir uma cota por instituição. Então estamos trabalhando com o recurso necessário pela metade e estudando possibilidades de compor com outros recursos.
Tita Vieira
Coordenadora Geral do Projeto
Além da questão da dimensão de nossa atuação, fazendo os recortes estratégicos para nossa melhor atuação, uma das dificuldades que estamos enfrentando são os recursos financeiros. Estamos com dois núcleos sendo formados e com pouco recurso por conta da restrição da instituição proponente de já ter outros projetos com o FNMA e existir uma cota por instituição. Então estamos trabalhando com o recurso necessário pela metade e estudando possibilidades de compor com outros recursos.
Tita Vieira
Coordenadora Geral do Projeto
2 comentários:
Olá Tita,
Nós aqui do Coletivo Educador Lagos São João gostaríamos de saber se voces já definiram uma estratégia para a construção do Projeto Politico Pedagógico da Formação e se pretendem privilegiar a ótica de bacia hidrográfica para trabalhar o conceito de território na formação dos educadores ambientais populares.
Caso afirmativo, vocês já dispõem de cardápios sobre este tópico ?
Aguardamos contato
Saudações,
Denise S. Pena
CE Lagos São João
Legal Denise!
Ja entramos em contato com a Tita, ela e a Érika devem estar entrando em contato com vocês em breve!
Mandem notícias pra gente manter esse blog vivo!
Abraço
Joana
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